Ana Moser é convidada para presidir Autoridade Pública Olímpica
Medalhista olímpica em 1996, a ex-jogadora de vôlei Ana Moser foi convidada para assumir a presidência da Autoridade Pública Olímpica (APO), órgão criado para unificar os esforços dos três níveis de governo na preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Ela ainda não se manifestou sobre a aceitação ou não da proposta.
A APO está sem presidente desde fevereiro, quando o general Fernando Azevedo e Silva pediu demissão do cargo à presidente Dilma Rousseff. Ele assumiu a entidade em 2013, substituindo o ex-ministro das Cidades Marcio Fortes, que renunciou depois de dois anos no posto.
Atualmente, Ana Moser é uma das personalidades mais atuantes na área de política esportiva no país. Ela comanda o Instituto Esporte & Educação, ONG criada em 2001 que já atendeu 2,6 milhões de crianças e jovens em todo o Brasil e contribuiu para a formação de mais de 30 mil professores, e é presidente da Atletas Pelo Brasil, uma iniciativa de esportistas para influenciar políticas públicas da área esportiva. No ano passado, foi uma das vozes críticas à indicação de George Hilton ao cargo de ministro do Esporte.
A pouco menos de 500 dias para o início dos Jogos Olímpicos, a APO vive uma verdadeira crise de identidade dentro do governo. Após a saída do general Azevedo e Silva, a presidência ventilou o nome de Edinho SIlva para o cargo. Coordenador financeiro da campanha de reeleição de Dilma Rousseff, porém, foi nomeado ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Segundo o blogueiro do UOL, José Cruz, quem está coordenando as ações olímpicas no governo federal é Aloísio Mercadante, ministro da Casa Civil.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, é o principal crítico da entidade: "A APO não faz falta nenhuma. A vida está andando. Ela não atrapalha nenhuma decisão e não ajuda em nenhuma decisão. Nosso diálogo é com o Ministério do Esporte, a Casa Civil e o comitê organizador", afirmou, em 2013. A Prefeitura do Rio, alías, é atualmente a gestora da maior parte das obras de preparação olímpica para os Jogos.
A APO foi criada em 2011 com a responsabilidade de coordenar a participação dos governos federal, estadual e municipal na preparação dos Jogos de 2016, especialmente para assegurar o cumprimento das obrigações assumidas com o Comitê Olímpico Internacional (COI). Foi um dos compromissos assumidos pelo Brasil com o COI, após a experiência bem-sucedida de um órgão público centralizador utilizada na Olimpíada de Londres.