Chefões de olho: COI discute com Dilma preparação para Rio 2016
Vinicius KonchinskiDo UOL, no Rio de Janeiro
Chega a Brasília nesta terça-feira o novo presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach. O alemão, eleito em setembro para o cargo mais alto da entidade máxima do esporte olímpico, vem ao Brasil para discutir diretamente com a presidente Dilma Rousseff a preparação do país para a Olimpíada de 2016, que acontecerá no Rio de Janeiro.
A viagem ao Brasil será a primeira de Bach desde sua eleição para a presidência do COI. A visita durará dois dias. No primeiro, ele reúne-se com a presidente e outros políticos na capital federal. Já no segundo, vai ao Rio de Janeiro inspecionar algumas obras olímpicas e conversar com organizadores e patrocinadores do evento.
Oficialmente, Bach não vem fazer cobranças nem definir com o governo pontos específicos para a preparação do Brasil para a Olimpíada. Entretanto, junto com o presidente do COI, chegam executivos do comitê preocupados com o ritmo preparativos e ansiosos por decisões sobre a Rio-2016.
A principal delas diz respeito ao orçamento. Faltando dois anos e meio para o início da Olimpíada, governo e Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 ainda não apresentaram a lista oficial de tudo o que precisa ser feito para que o Rio de Janeiro possa realizar sem problemas o megaevento esportivo.
Esse orçamento deve ser apresentado ainda neste mês. Antes de ele ser divulgado, passará por uma última avaliação do diretor-executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos Olímpicos, Gilbert Felli, e da diretora do COI para Rio 2016, Nawal el Moutawakel, que acompanham o presidente Bach em sua visita ao Brasil.
Outro assunto que, extraoficialmente, fará parte das conversas com membros do COI durante a visita do presidente da entidade ao Brasil será a integração de instâncias do governo na preparação olímpica brasileira. Em setembro, membros do comitê criticaram falta de coordenação de ações governamentais dias após o então presidente da APO (Autoridade Pública Olímpica), Marcio Fortes, renunciar.
Desde então, a Autoridade Olímpica já ganhou um novo presidente, o general Fernando Azevedo e Silva. Mesmo assim, a integração de ações ainda preocupa especialmente Nawal.
Já Felli quer mais divulgação para as ações de limpeza da Baía de Guanabara. O governo do Estado do Rio de Janeiro se comprometeu em reduzir até 80% da poluição das águas da baía, que receberão as competições de vela. As condições da baía, no entanto, foram muito criticadas por velejadores no início deste ano. Para o diretor do COI, é preciso informar melhor a sociedade sobre o que está sendo feito.