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Ginástica: EUA campeão, ouro quádruplo e acusação de doping marcam Mundial

Paula Almeida

Do UOL, em Glasgow (ESC)

02/11/2015 06h00

O Mundial de ginástica artística em Glasgow terminou no último domingo, e como foram 10 dias de competições, o UOL Esporte mostra agora o que houve de melhor - e de pior - durante o campeonato.

  • Imagem: Ricardo Bufolin/CBG
    Ricardo Bufolin/CBG
    Imagem: Ricardo Bufolin/CBG

    O MELHOR DO EVENTO: COMPETIÇÃO VIROU ESPETÁCULO

    Realizado na ultramoderna Hydro, o Mundial de Glasgow foi totalmente inédito no quesito espetáculo. A arena, que costuma receber shows de música, se adaptou para entreter o público e fazer dos ginastas verdadeiros artistas. Árbitros saíram do nível do solo e foram colocados em tribunas mais altas. O tablado ficou todo para os ginastas, que pela primeira vez subiram ao palco tendo seus nomes citados um a um. Um apresentador, muita música, interatividade com os torcedores e uma comentarista que explicava cada uma das séries, como se o público estivesse vendo pela TV, ajudaram a tornar este Mundial um provável exemplo a ser seguido por outras competições. Leia mais

  • Imagem: Ricardo Bufolin/CBG
    Ricardo Bufolin/CBG
    Imagem: Ricardo Bufolin/CBG

    O PIOR DO EVENTO: FINAIS SEM CAMPEÕES OLÍMPICOS

    Quem só comprou ingressos para as finais dos aparelhos não conseguiu ver os atuais campeões olímpicos de nenhuma das 10 provas. Por motivos de lesão ou aposentadoria, os campeões de Londres-2012 Sandra Izbasa (salto feminino), Aliya Mustafina (assimétricas), Deng Linlin (trave), Zou Kai (solo masculino), Hak Seon Yang (salto masculino) e Feng Zhe (paralelas) não vieram a Glasgow. Já Epke Zonderland (barra fixa), Arthur Zanetti (argolas), Krisztian Berki (cavalo) e Aly Raisman (solo feminino) pararam nas eliminatórias e não conseguiram vaga na final. Um balde de água fria para quem esperava ver os melhores especialistas do mundo. Leia mais

  • Imagem: Ian MacNicol/Getty images
    Ian MacNicol/Getty images
    Imagem: Ian MacNicol/Getty images

    O IMBATÍVEL: EQUIPE FEMININA DOS ESTADOS UNIDOS

    Não há ninguém mais favorito ao ouro olímpico atualmente, entre todos os esportes, do que a equipe feminina de ginástica artística dos Estados Unidos. Contando com generalistas e especialistas de primeiro nível, o time norte-americano conquistou seu terceiro título mundial consecutivo (o quinto em sete anos), com direito a colocar cinco pontos de diferença em cima da vice-campeã China. Uma combinação de fatores explica por que elas são imbatíveis. Leia mais

  • Imagem: AP Photo/Matthias Schrader
    AP Photo/Matthias Schrader
    Imagem: AP Photo/Matthias Schrader

    A ESTRELA: SIMONE BILES (EUA)

    A equipe feminina dos Estados Unidos tem em Simone Biles o seu grande trunfo. O grande fenômeno da ginástica na última década repetiu em Glasgow todos os ouros conquistados em Nanning-2014 (equipe, individual geral, solo e trave), levou um bronze no salto e ainda se tornou a maior detentora de títulos da história dos Mundiais, 10, ultrapassando a lenda russa Svetlana Khorkina. É a grande favorita a repetir esses quatro ouros na Rio-2016. Leia mais

  • Imagem: AP Photo/Matthias Schrader
    AP Photo/Matthias Schrader
    Imagem: AP Photo/Matthias Schrader

    O ASTRO: KOHEI UCHIMURA (JAP)

    Não foi só Simone Biles que atingiu 10 ouros neste Mundial. Após um início de competição meio cambaleante, o japonês Kohei Uchimura se recompôs a partir das finais individuais e somou três ouros: equipe, individual geral e barra fixa. De quebra, conquistou o hexacampeonato, um recorde absoluto para aquele que é considerado o melhor ginasta de todos os tempos. O sinal de alerta só foi ligado duas vezes, com uma queda da barra fixa e outra no solo, algo impensado para o japonês infalível. Leia mais

  • Imagem: AFP PHOTO / ANDY BUCHANAN
    AFP PHOTO / ANDY BUCHANAN
    Imagem: AFP PHOTO / ANDY BUCHANAN

    A REVELAÇÃO: MANRIQUE LARDUET (CUB)

    De onde saiu Manrique Larduet? Essa foi uma das perguntas mais feitas nas redes sociais quando um cubano de 19 anos, sem favoritismo nenhum, foi atropelando adversários e conquistou a medalha de prata do individual geral. Chegou ainda a outras três finais, ficando com o bronze na barra fixa e carimbando sua vaga para os Jogos do Rio. Destaque no Pan, Larduet fez em Glasgow seu primeiro Mundial, acabando com o boicote cubano que durava 12 anos depois da deserção de três atletas em Ananheim-2003. E ele quer mais. Promete ser o primeiro ginasta de seu país a conquistar uma medalha olímpica. Está credenciado para isso. Leia mais

  • Imagem: Andy Buchanan/AFP/Getty Images
    Andy Buchanan/AFP/Getty Images
    Imagem: Andy Buchanan/AFP/Getty Images

    A PIOR PERDEDORA: VIKTORIIA KOMOVA (RUS)

    Viktoriia Komova pode até ter conquistado um ouro no Mundial de Glasgow, mas sai marcada por uma polêmica e um desempenho abaixo do esperado. Principal nome do time russo na ausência de Aliya Mustafina, Komova caiu em dois aparelhos na final por equipes, sendo a grande decepção da prova. E depois, ainda fez o pior. Em uma rede social, insinuou que as norte-americanas só haviam vencido por fazerem uso de esteroides e que chinesas e britânicas tiveram sorte em ficar com prata e bronze, respectivamente. A russa teve que se desculpar publicamente e num treino a sós com as americanas, mas foi pouco diante das acusações.

  • Imagem: AFP PHOTO / ANDY BUCHANAN
    AFP PHOTO / ANDY BUCHANAN
    Imagem: AFP PHOTO / ANDY BUCHANAN

    AS DECEPÇÕES INDIVIDUAIS: GIULIA STEINGRUBER (SUI) E OLEG VERNAIEV (UCR)

    Maiores estrelas do último Campeonato Europeu disputado em Montpellier, Giulia Steingruber e Oleg Verniaiev chegaram a Glasgow como os únicos capazes de tirar de Simone Biles e Kohei Uchimura o reinado dos últimos anos. Mas decepcionaram. Com começos muito ruins nas finais individuais gerais, terminaram em quinto e quarto lugar, respectivamente. O ucraniano ainda saiu da Escócia com uma prata nas paralelas (embora fosse o grande favorito), mas a suíça não só ficou sem pódio como ainda se machucou na final do salto e teve de se despedir mais cedo do Mundial.

  • Imagem: REUTERS/Russell Cheyne
    REUTERS/Russell Cheyne
    Imagem: REUTERS/Russell Cheyne

    AS DECEPÇÕES COLETIVAS: ROMÊNIA E RÚSSIA NO FEMININO

    Desfalcadas de suas grandes estrelas, a veterana Catalina Ponor e a perfeccionista Aliya Mustafina, respectivamente, Romênia e Rússia tiveram um desempenho coletivo para se esquecer em Glasgow. Para a seleção romena, que ainda viu outras duas ginastas se machucarem, o salto foi supernegativo. O time sequer avançou à final e vai ter que disputar o evento-teste em abril do ano que vem para buscar uma vaga na Rio-2016. Já as russas, com aparência desmotivada na final, ficaram de fora do pódio apenas pela segunda vez desde 1994. Depois, nas finais individuais, as ginastas dos dois países se redimiram, com um bronze para a Romênia, e três ouros e uma prata para a Rússia. Leia mais

  • Imagem: Ricardo Bufolin/CBG
    Ricardo Bufolin/CBG
    Imagem: Ricardo Bufolin/CBG

    O DESTAQUE BRASILEIRO: ARTHUR NORY

    Arthur Nory deixou para trás um ano terrível fora do tablado para se consolidar como o principal ginasta do Brasil em Glasgow. Vilão de uma história de injúria racial que o levou a ser suspenso por 30 dias, o paulista se redimiu no tablado e teve atuações bastante regulares durante todo o Mundial, ajudando a equipe masculina do Brasil a obter a inédita vaga olímpica e se classificando para duas finais, com direito a um inesperado quarto lugar na barra fixa. "Confesso que em alguns treinos eu oscilava muito. Mas quando eu cheguei aqui no Mundial, que é uma coisa que eu gosto muito, parece que meu corpo mudou. Aí desde o treino de pódio eu consegui fazer tudo certo, tudo bem. E estou muito satisfeito com a minha participação", afirmou. Leia mais

  • Imagem: EFE/EPA/ROBERT PERRY
    EFE/EPA/ROBERT PERRY
    Imagem: EFE/EPA/ROBERT PERRY

    A CENA INUSITADA: OURO QUÁDRUPLO

    Ninguém na Hydro arena acreditou quando, uma atrás da outra, as russas Viktoriia Komova e Daria Spiridonova, a chinesa Fan Yilin e a norte-americana Madison Kocian tiraram a mesma nota na final das assimétricas. Mais do que isso, todas elas ficaram na primeira colocação, promovendo uma cena inédita em Mundiais: um pódio com quatro atletas no lugar mais alto e nenhuma para receber prata e bronze. A prova foi um suspiro de felicidade num dia tão difícil para a Rússia, que chorava por um trágico acidente aéreo que vitimou mais de 200 pessoas. Leia mais

  • Imagem: BEN STANSALL/AFP/Getty Images
    BEN STANSALL/AFP/Getty Images
    Imagem: BEN STANSALL/AFP/Getty Images

    A MELHOR COMEMORAÇÃO: O AVIÃOZINHO DE DRAGULESCU

    Marian Dragulescu é tão boa-praça que, mesmo não ganhando o ouro, só deu ele na final do salto. Voltando após três anos de aposentadoria, o multicampeão romeno de 34 anos já subiu ao palco fazendo aviãozinho e depois comemorou de maneira ainda mais entusiasmada a medalha de prata. Ainda fez questão de cumprimentar um a um os outros concorrentes e sacou um pau de selfie em plena área de competição para registrar seu retorno triunfante à ginástica. "Eu estou muito feliz de estar aqui nesse Mundial, de fazer parte da equipe, poder disputar essa final e muito feliz com essa medalha. Voltei pelo prazer do esporte e para brigar pela medalha olímpica de ouro, a única que eu não tenho", disse ele. Leia mais

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