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Bronze era limite possível para Baby desde o sorteio. Francês é invencível

TORU HANAI/REUTERS
Rafael Silva em ação contra o francês Teddy Riner imagem: TORU HANAI/REUTERS
Opinião dos Especialistas

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Durante a Rio-2016, o time de comentaristas do UOL trará colunas com informações e opiniões sobre as principais modalidades olímpicas.

Wiliam Freitas*

Colaboração para o UOL

É praticamente impossível vencer Teddy Riner, agora bicampeão olímpico. E se a categoria dos pesados do judô tem dono, o segundo bronze olímpico de Rafael Silva mostra que o brasileiro só está atrás do 'bicho papão' francês, deixando a sensação de que, com um pouco de sorte, era possível ter chegado ainda mais longe.

A sorte não sorriu para Baby no sorteio olímpico: caiu na mesma chave que Riner e acabou derrotado em um duelo nas quartas de final – o que obrigou o brasileiro a superar a repescagem para brigar pela medalha.

Riner é mais atlético que seus rivais na categoria, possui uma condição física extraordinária. Se aproveita de uma porcentagem de gordura muito menor e chega inteiro ao fim dos combates, enquanto os adversários sofrem com o cansaço. No Rio, praticamente não suou para vencer.

Baby chegou ao seu limite, ainda não tem condições de vencer Riner. Para isso, teria que ter muito mais preparo físico.

O azar no sorteio e a derrota inevitável para Riner não abalaram Baby, que novamente fez sua própria sorte no torneio olímpico. Fez uma campanha equilibrada e consciente, não arriscando muito nas lutas e, com maturidade, obteve suas vitórias de forma tranquila.

Baby quase não foi à Olimpíada. Mas se superou duas vezes para levar o Bronze

Resultado que põe o brasileiro no seleto grupo dos judocas donos de duas medalhas olímpicas e coroa o esforço do judoca em um ciclo olímpico conturbado, em que teve que superar uma lesão que quase comprometeu sua vaga na equipe brasileira.

Com o bronze de Baby, o judô brasileiro encerra sua participação no Rio com três medalhas – um desempenho inferior ao obtido em Londres, quando chegou a quatro pódios. Não é um fracasso, mas é necessário fazer uma reflexão sobre o que ocorreu com uma equipe que se esperava mais.

*William ‘Gulô’ Freitas é coordenador de pós-graduação e professor universitário na área de lutas, além de diretor da Associação de Judô Gulô. Faixa preta de judô 5º Dan pela CBJ (Confederação Brasileira de Judô), ele é um dos comentaristas do Placar UOL Olimpíada

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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