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O futebol feminino precisa das mulheres. Só assim para quebrar a lógica

Franck Fife/AFP Photo
Arte/UOL
Olga Esporte Clube

A Olga Esporte Clube é uma campanha da ONG Think Olga que tem como missão transformar a relação das mulheres com o esporte ao debater o esporte profissional e abrir novas possibilidades para a prática feminina.

Colaboração para o UOL

Há alguns meses, um grupo de 14 mulheres valentes vem lutando para conquistar avanços no futebol feminino junto à CBF. A jogadora Formiga, a ex-árbitra Ana Paula Oliveira, a ex-capitã da seleção Aline Pellegrino, a jornalista Luciane Castro, a pesquisadora Silvana Goellner, Alessandra Dutra, do COB, entre outras especialistas têm dialogado com a CBF para garantir o respeito que nossas meninas merecem.

Os primeiros resultados já começaram a aparecer. O Grupo de Trabalho do Futebol Feminino, do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro, conseguiu aprovar o extenso pacote de ações da Onda 1, com medidas que impulsionarão o desenvolvimento do esporte. A mais emblemática conquista é a criação Departamento de Futebol Feminino. (Alou, estamos mesmo em 2016?)
 
Outra conquista importante é a criação de um curso específico para a formação de treinadoras. Pode não parecer à primeira vista, mas esta medida traz um novo olhar para os treinos e a abordagem do futebol feminino, que desde sempre lutou para se adequar ao universo masculino e agora tem a oportunidade de desenvolver características próprias. 
 
Uma pesquisa e um plano estratégico de marketing também são parte do projeto, que ajudarão a desenvolver a visibilidade, a bilheteria e consequentemente mais investimentos e patrocínios. Uma forma de manter o crescimento do esporte. Além do aprimoramento da seleção sub-15 (trabalho de base) e a estruturação do Campeonato Brasileiro com duas divisões (16 equipes cada uma).
 
Agora estas e outras medidas precisam passar pela Assembleia para serem implementadas. Mas há uma pegadinha neste processo: quem decide quem comandará o Departamento de Futebol Feminino e as tais implementações não é o Grupo de Trabalho. É a CBF.  
 
Temos mulheres competentes para ocupar esta posição? Sim, com a mais absoluta certeza. Mas será que o talento e a experiência delas serão suficientes para quebrar a lógica masculina de sempre? Precisamos que seja. Uma mulher fará toda a diferença. Com a igualdade de oportunidades, vamos mostrar a que viemos.
 
E às mulheres do GT, força! Vocês estão fazendo história e nós estamos juntas em mais esta luta.
 
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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