Saiba por que nada deve mudar na CBF com Coronel Nunes na vice-presidência
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Divulgação / Site da FPF
O que era para ser um golpe de mestre pode virar um enorme pesadelo. Quando imaginaram que transformar Antonio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, 79 anos, em vice-presidente era a solução perfeita para não ferir o estatuto e ao mesmo tempo manter o poder, o comando da CBF não pensou em um detalhe fundamental: a biografia do presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF) tem elementos comuns as histórias dos três antecessores enredados com a lei. Alçado ao comando e transformado em vidraça, pode se juntar a Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo del Nero, forçados a deixar o poder. Uma sucessão de acusações e histórias nebulosas cercam os anos do coronel da Polícia Militar no comando do futebol paranense. Uma agência de viagens favorita da entidade é apenas uma das semelhanças. Há também um relatório financeiro anual da instituição que dirige envolto em sombras e dúvidas com a assinatura de um relator suspenso pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suas "auditorias ineptas". Para completar, tem ainda outro traço dos antecessores: nenhuma ideia conhecida sobre futebol.
Lúcio de Castro
Lúcio de Castro é carioca. Formado em jornalismo e em história pela UFRJ. Conquistou algumas das mais importantes premiações nacionais e internacionais, entre eles o "Prêmio Gabriel Garcia Marquez". Autor de diversas reportagens com grande repercussão e impacto e de documentários que percorreram o mundo como "Memórias do Chumbo - O Futebol nos Tempos do Condor".