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Bolt (esq.) busca novo ouro e recorde, enquanto vôlei e Maurren lutam por pódio

Bolt (esq.) busca novo ouro e recorde, enquanto vôlei e Maurren lutam por pódio

Veja o calendário do 14º dia de competições nas Olimpíadas

21/08/2008 - 16h00

No último show de Bolt, Brasil busca afirmação de Maurren e dos coletivos

Do UOL Esporte
Em São Paulo

O Ninho de Pássaro verá pela última vez o atleta que tem tudo para ser o grande nome das Olimpíadas de Pequim ao lado do nadador norte-americano Michael Phelps. O velocista jamaicano Usain Bolt escreverá a última página da história que fez na pista chinesa com a final do revezamento 4 x 100 m rasos, programada para às 11h10 (de Brasília) desta sexta-feira.

Se não bastasse ter o recordista mundial e ouro olímpico dos 100 m e 200 m rasos, a Jamaica tem simplesmente o ex-recordista mundial Asafa Powell e mais Michael Frater, sexto na final dos 100 m, e Nesta Carter. O quarteto tenta se tornar o primeiro time da América Central a triunfar na prova na história olímpica, e ainda superar o recorde mundial de 37s40, estabelecido pelos EUA na final das Olimpíadas de Barcelona-1992 (com Michael Marsh, Leroy Burrell, Dennis Mitchell e Carl Lewis) e em Stuttgart-1993 (com Burrell, Mitchell e mais Jon Drummond e Andre Cason).

PROVAS QUE DARÃO OURO
AP
Após vencer Ricardo e Emanuel, dupla Márcio e Fábio Luiz vão atrás do ouro
Atletismo: marcha atlética 50 km masc., salto em distância fem., salto com vara masc., 5.000 m rasos fem., 4 x 100 m rasos fem., decatlo e 4 x 100 m rasos masc.
Canoagem: K1 1.000 m masc., C1 1.000 m masc., K4 500 m fem., K2 1.000 m masc., C2 1.000 m masc. e K4 1.000 m masc.
Ciclismo: BMX masc. e fem., mountain bike fem.
Hóquei na grama: Feminino
Pentatlo moderno: Feminino
Taekwondo: Até 67 kg fem. e até 80 kg masc.
Tênis de mesa: Feminino
Vôlei de praia: Masculino
VÔLEI: BRASIL X ITÁLIA
NA PRAIA, OURO EM JOGO

Na mesma prova, o Brasil corre por fora para chegar ao pódio pela terceira vez e aposta tudo na troca de bastão. "Essa é a nossa vantagem para os outros. Sabemos que será difícil, mas é possível", explica Sandro Viana, que não terá a companhia dos EUA, pois o país errou a passagem do bastão nas eliminatórias. Porém, a maior esperança nacional de medalha competirá horas antes no Ninho. Maurren Higa Maggi luta para, enfim, se afirmar no cenário internacional e tentar ser a primeira brasileira do atletismo a obter uma insígnia olímpica no salto em distância, que começa às 8h20.

Maurren será a décima entre as 12 finalistas a saltar e não terá pela frente a atleta que considerava sua maior rival, a portuguesa Naide Gomes, eliminada na primeira fase. A saltadora de São Carlos chega à decisão com a melhor marca da temporada (6,99 m) e tendo superado praticamente todas as adversárias em provas internacionais. Sem Naide, as russas Tatyana Lebedeva, atual campeã olímpica, a sueca Carolina Kluft e as norte-americanas Brittney Reese e Funmilayo Jimoh serão as oponentes da brasileira pelo ouro.

Para a paulista também será a chance de reescrever uma história interrompida há cinco anos, quando foi flagrada em exame antidoping. Três anos antes, ela desapontara nos Jogos de Sydney, caindo na primeira fase. "Foi um ótimo aprendizado para mim. A pressão é uma carga que tenho de carregar e estou preparada. Estou brigando por mim, por quem me apoiou e sei que posso. Se fizer o meu melhor, posso trazer a medalha", explicou a saltadora, que estipula a marca de 7 m para ir ao pódio.

Além dela, o Brasil contará com a pernambucana Keila Costa, mas o próprio técnico da atleta, Nélio Moura, que aliás treina também Maurren, minimiza a sua chance. "Ela não se recuperou totalmente da tendinite que vem sofrendo. Portanto, se ela for para a final, está bom demais. Ela sabe que não deve ter muita chance de pódio, mas se conseguir, será ótimo", avaliou. Por conta da lesão, Keila teve de mudar a sua forma de saltar, buscando apoio na perna esquerda, em vez da direita, que está lesionada.

Se não bastasse Maurren, os dois esportes mais populares do país também entram em campo para conseguir o lugar no pódio. O vôlei masculino busca a vaga na decisão em um difícil confronto contra a Itália, às 9h, para consolidar a geração de Giba, Gustavo e Escadinha como uma das maiores seleções de todos os tempos dos esportes coletivos. De quebra, o triunfo manteria o jejum italiano de nunca ter conquistado o ouro olímpico e deixaria o time nacional a um confronto do bicampeonato.

Distante de Pequim, o futebol masculino tenta juntar os cacos após a derrota sofrida diante da Argentina por 3 a 0, nas semifinais, e sair das Olimpíadas pelo menos com o bronze, o mesmo metal conquistado em Atlanta-1996. Para isso, o time de Ronaldinho terá de vencer a Bélgica, às 8h, em Xangai, pela decisão do terceiro lugar. O bronze também será a meta de Ricardo e Emanuel, que encaram os brasileiros naturalizados georgianos Renatão e Jorge, às 22h de quinta-feira. Duas horas depois, Márcio e Fábio Luiz tentam dar o segundo ouro ao Brasil na final diante dos norte-americanos Rogers e Dalhausser.

Além das esperanças do pódio, o país ainda terá outros competidores, mas sem a mesma chance. A pernambucana Yane Marques disputará o pentatlo moderno a partir das 21h30 para ficar entre as dez primeiras, mesma meta do conjunto da ginástica rítmica, que faz a segunda rotina (três arcos e duas maças) das eliminatórias, e do marchador Mário José dos Santos, na prova de 50 km. Nos saltos ornamentais, Hugo Parisi e Cassius Duran buscam o lugar nas semifinais da plataforma, a partir das 8h.

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