Em montagem, vôlei lamenta revés, Luciano Corrêa vibra e LeBron sorri
Do UOL Esporte
Em São Paulo
O ano de 2002 marcou um período de mudanças em dois dos esportes coletivos mais populares do mundo. O Brasil desbancou a Itália do trono do vôlei masculino, e os EUA deixaram o posto de melhor seleção do basquete masculino, desde que passaram a usar os atletas profissionais da NBA, para iugoslavos, argentinos e espanhóis. No sexto dia olímpico, brasileiros e norte-americanos agora se igualam em um objetivo comum: vingar tropeços que ainda machucam em suas memórias.
O vôlei masculino terá a chance de reencontrar a Rússia, que lhe impôs uma amarga derrota por 3 sets a 1 na disputa do terceiro lugar da Liga Mundial deste ano e tirou a equipe pela primeira vez do pódio na era Bernardinho. O Brasil, porém, ainda terá de superar a provável ausência do ponta Giba, que dificilmente atuará na partida que começa à 1h30 (de Brasília) desta quinta-feira em virtude de uma tendinite no ombro.
PROVAS QUE DARÃO MEDALHAS | |||||||||
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Já o time norte-americano pega a Grécia, às 9h de quinta, em uma revanche da semifinal do último Mundial, realizado em 2006, vencida pelos europeus por 101 a 95. Foi o terceiro tropeço dos EUA com seus profissionais (o time fora sexto no Mundial-2002 e terceiro nos Jogos Olímpicos de 2004), o que levou a USA Basketball a exigir que a seleção para os Jogos de Pequim-2008 fosse definida após uma pré-seleção de mais de 30 atletas, que teriam de passar necessariamente por treinos e competições nos dois anos de intervalo entre o Mundial e a Olimpíada.
Além das duas chances de vingança, o dia verá uma cena inédita nos últimos cinco dias: a natação não terá Michael Phelps vencendo uma prova. O norte-americano não competirá nos quatro eventos que darão medalhas nesta noite de quarta-feira e só entrará na piscina do Cubo d'Água para disputar as semifinais dos 200 m medley (na qual terá a companhia do brasileiro Thiago Pereira) às 0h10 e as eliminatórias dos 100 m borboleta, prova que o Brasil contará com Gabriel Mangabeira e Kaio Márcio de Almeida, às 9h18.
Apesar de não ter o maior vencedor da história olímpico, o Cubo d'Água será palco de uma eletrizante final dos 100 m livre, com o embate entre o francês Alain Bernard e o australiano Eamon Sullivan, que bateram os recordes mundiais da distância na semifinal. Na raia 8, o paulista César Cielo tenta surpreender os dois favoritos e recolocar o país no pódio da natação após oito anos.
Outras esperanças nacionais de pódio estarão novamente no judô com o campeão mundial Luciano Corrêa e a duas vezes medalhista mundial Edinanci Silva. O primeiro, porém, deu azar no sorteio e terá logo de cara um confronto com o holandês Henk Grol, campeão europeu e ouro na Copa do Mundo de Hamburgo neste ano. Já a paraibana aguarda a vencedora do duelo entre a russa Vera Moskalyuk e a espanhola Esther San Miguel.
O sexto dia de competições também será decisivo para a equipe de handebol masculino, que precisa vencer a Polônia para ainda sonhar com a vaga na próxima fase. O velejador Eduardo Couto é outro que necessitará de uma boa performance na classe Finn para ir à disputa de medalha. No vôlei de praia, Márcio e Fábio Luiz têm de derrotar os russos Barsuk e Kolodinskyi, às 7h, para avançar às oitavas-de-final. Já o pugilista Washington Silva busca sua segunda vitória no peso meio-pesado contra o ganes Bastie Samir, às 4h, enquanto o mesa-tenista Hugo Hoyama deve fazer sua última partida olímpica no confronto contra a Suécia.