O tiro esportivo foi introduzido no Brasil com a chegada de imigrantes no final do século 19. Teve maior aceitação, inicialmente, no sul do país, onde foram fundadas diversas equipes de caça e pesca. Na forma de um projeto militar, nasce em 10 de março de 1899 o Tiro Nacional, que tinha como principais objetivos a prática do tiro com armas portáteis, a unificação da instrução de tiro e a familiarização da tropa com o armamento disponível. Tudo isso realizado por uma elite de profissionais militares recém-chegados da Guerra do Paraguai.

Além de ser um programa voltado aos militares e subordinado ao 4º Distrito Militar, o Tiro Nacional ainda era aberto a civis que se matriculavam por intermédio de diretores ou capitães.

Os primeiros exercícios de tiro no Rio de Janeiro ocorreram em 1º de abril de 1899, sob a direção do Major Engenheiro Francisco de Paula Borges Fortes. O esporte crescia e ganhava apoio dos políticos da época que auxiliavam na construção de linhas de tiro. Além disso, as associações se multiplicaram, principalmente no sul e sudeste, em estados como o Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

A popularidade da modalidade no país trouxe resultados na Olimpíada de 1920, na Antuérpia, quando pela primeira vez o Brasil conseguia uma medalha de ouro, com Guilherme Paraense. Uma prata e um bronze, por equipes, também foram conquistadas.

No entanto, nunca mais um brasileiro teve uma medalha na modalidade. A última grande campanha de um atleta nacional ocorreu em Los Angeles-1984, quando Delival Nobre ficou em quarto no tiro rápido. Na mesma Olimpíada, Débora Srour conseguiu o melhor resultado de uma mulher brasileira na história da competição, ficando em sétimo lugar. Desde então, o brasileiro com a melhor colocação foi Rodrigo Bastos, 14º em Atenas.