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Brasileiro Thiago Pereira

Introduzida oficialmente no Brasil em 31 de julho de 1897, a natação só passou a ser considerada esporte no ano seguinte, dois anos após a primeira Olimpíada, em Atenas-1896. Em 1898, o Clube de Natação e Regatas, no Rio de Janeiro, promoveu a primeira competição, com a presença de atletas de vários estados do país. O percurso da única prova, com 1.500 m de distância, era entre a Fortaleza Villegaignon e a praia de Santa Luzia.

Em 1913, o Brasil passou a ter uma entidade de esportes aquáticos no país, a Federação Brasileira das Sociedades de Remo, localizada no Rio de Janeiro. No ano seguinte, em 1914, a natação começou a ser organizada pela Confederação Brasileira de Desportos.

As primeiras piscinas para competições foram construídas em 1919, pelo Fluminense Futebol Clube, no Rio de Janeiro, e em 1923, pela Associação Atlética São Paulo, em São Paulo. Na década de 70, com a extinção da CBD, o esporte passou a ser controlado pela Confederação Brasileira de Natação (CBN), que viraria Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos em 1988.

Em Olimpíadas, o Brasil fez sua estréia no esporte em 1920, nos Jogos de Antuérpia. Em 1932, a brasileira Maria Lenk tornou-se a primeira atleta sul-americana a participar de uma Olimpíada, representando o Brasil em Los Angeles. A nadadora foi também a primeira recordista mundial do país. Em 1939, bateu os recordes dos 200 m, com 2min56s00, e 400 m peito, com 6min15s08.

AS MEDALHAS DA NATAÇÃO
PRATA
  • Los Angeles-1984

    Ricardo Prado - 400 m medley

  • Barcelona-1992

    Gustavo Borges - 100 m livre

  • Atlanta-1996

    Gustavo Borges - 200 m livre

BRONZE
  • Helsinque-1952

    Tetsuo Okamoto - 1.500 m livre

  • Roma-1960

    Manuel dos Santos - 100 m livre

  • Moscou-1980

    4 x 200 m livre masculino

  • Atlanta-1996

    Gustavo Borges - 100 m livre

  • Atlanta-1996

    Fernando Scherer - 50 m livre

  • Sydney-2000

    4 x 100 m livre

Em 1936, em Berlim, Piedade Coutinho chegou em quinto lugar nos 400 m livre. Nas Olimpíadas de Helsinque-1952, o paulista Tetsuo Okamoto conquistou a primeira medalha do Brasil na natação, ficando com o bronze na prova dos 1.500 m livres. Em Roma-1960, Manuel dos Santos levou o bronze nos 100 m livre e, no ano seguinte, bateu o recorde mundial da distância, com 53s6. Em 1968, José Sylvio Fiolo, nos 100 m peito, também estabeleceu nova marca mundial, com 1min06s04.

Nos anos 80, o Brasil ganhou projeção internacional com vários recordistas sul-americanos, entre eles Djan Madruga, Ricardo Prado, Gustavo Borges, Rogério Romero, Daniela Lavagnino, Adriana Salazar, Patrícia Amorim e Ana Azevedo. Prado levou a primeira prata do país nos 400 m medley dos Los Angeles-1984.

A década de 90 marcou o apogeu da dupla Gustavo Borges e Fernando Scherer. Em Barcelona-1992, Borges ficou com a prata, atrás apenas do favorito russo Alexandr Popov nos 100 m livre; Rogério Romero ficou em 10º nos 200 m costas. Já em Atlanta-1996, foram mais três pódios: Gustavo Borges voltou a levar prata, agora nos 200 m livre, além de um bronze noa 100 m do estilo. Fernando Scherer, o Xuxa, conquistou o bronze nos 50 m livre.

Em Sydney-2000, Borges compôs o revezamento 4 x 100 m livre que levou o bronze, tornando-se o primeiro brasileiro a conquistar quatro medalhas olímpicas na história. Nos Jogos de Atenas, em 2004, os nadadores brasileiros passaram em branco e não trouxeram nenhuma medalha para o país. As melhores colocações foram dois quintos lugares, um de Thiago Pereira, nos 200 m medley, e outro com Joanna Maranhão, nos 400 m medley.

Os bons resultados no Pan Americano do Rio de Janeiro, em 2007, deram nova esperança de medalhas para Pequim. No quadro geral da modalidade, o Brasil ficou em segundo com 29 medalhas no total, sendo 12 de ouro, 7 de prata e 10 de bronze, atrás apenas dos Estados Unidos, com 41 medalhas.

Entre os homens, destaque para o nadador especialista em medley Thiago Pereira, dono de oito medalhas no Pan, das quais seis ouros, o velocista César Cielo (50 m e 100 m livre) e o paraibano Kaio Márcio (100 m e 200 m borboleta). Entre as mulheres, a maior chance de medalhas atendia pelo nome de Rebeca Gusmão, mas a atleta foi suspensa por doping e não disputará os Jogos de Pequim. Na estreante maratona aquática, Poliana Okimoto pode surpreender com a primeira medalha feminina para o país.