AP

Em Jogos desde 1896

Quando os Jogos da era antiga foram criados, na Grécia, a luta já era tida como uma das mais remotas modalidades ao lado do atletismo. O que se entende hoje por luta olímpica nada mais é que o desenvolvimento das antigas lutas gregas que, no Império Romano e mais tarde na Idade Média, evoluíram com regras menos agressivas e mais esportivas.

Logo nos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, em Atenas-1896, a luta foi incluída na modalidade greco-romana. Era uma tentativa dos organizadores de estabelecer um vínculo entre o passado e a modernidade que começava.

Permitindo o combate entre os atletas somente da cintura para cima, a escolha da luta greco-romana procurou dignificar o combate corpo-a-corpo, diferenciando-o dos sangrentos combates vale-tudo muito populares na Europa do século 19. Envolvida em uma tradição milenar, a luta greco-romana em Olimpíadas tem sido dominada pela Rússia ao longo das edições dos Jogos.

Oito anos depois, em Saint Louis-1904, outra modalidade de luta bastante popular na Inglaterra e Estados Unidos substituiu a greco-romana e passou a ser chamada "luta livre" (Freestyle wrestling). Uma das diferenças entre esta modalidade e a greco-romana é que na luta livre é permitido aos competidores atacarem as pernas do adversário para aplicar os golpes. Somente na Antuérpia-1920 que os dois tipos de luta passaram a fazer parte do programa oficial das Olimpíadas ao mesmo tempo, fato que permanece até os dias de hoje. Na modalidade livre, os Estados Unidos são o país dominante.

O grande nome da luta é o russo Aleksandr Karelin. De fato, o lutador superpesado (mais de 130 kg) detém números impressionantes. De 1987 até o ano 2000, Karelin não perdeu uma luta internacional sequer, vencendo três Olimpíadas (Seul-1988, Barcelona-1992 e Atlanta-1996) e nove mundiais.