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Brasileiro Renzo Agresta

No Brasil, a esgrima começou no período imperial, pois, enquanto o País era colônia portuguesa, além de não haver a presença de mestre d'armas no país, também não existia interesse na prática do esporte.

No período imperial, devido ao interesse de Dom Pedro 2º, a esgrima começou a surgir, principalmente, no emprego do sabre nos corpos de tropa. Em 1858, é estabelecida a esgrima regimentalmente para os cursos de Infantaria e Cavalaria da Escola Militar de Realengo, havendo, inclusive, a fundação de uma escola de esgrima no Batalhão de Caçadores de São Paulo.

Algum tempo depois, o Exército Brasileiro contrata os serviços do mestre Gauthier, instrutor de esgrima da Escola Joinville le Point, da França, para ministrar esgrima aos militares no Brasil. Em 1927, a Federação Paulista de Esgrima e a Federação Carioca de Esgrima se unem e criam a União Brasileira de Esgrima, com o apoio da Liga de Desportos do Exército e da Marinha.

A União Brasileira de Esgrima se filia a Federação Internacional de Esgrima, e, em 1936, o Brasil participa dos Jogos Olímpicos de Berlim. Um ano depois é criado, pelo Exército, o Curso de Mestre d'Armas, único do Brasil e que funciona até os dias de hoje.

Após a participação brasileira nos Jogos de Berlim, a equipe de esgrima nunca deixou de participar dos diversos eventos internacionais e de manter relações estreitas com a Escola de Educação Física do Exército, local onde atualmente é realizado o Curso de Mestre d'Armas.

Em Olimpíadas, o Brasil nunca conquistou medalhas em sete participações (1936, 1960, 1968, 1988, 1992, 2000 e 2004). Em toda a sua história no esporte, o país alcançou apenas uma boa colocação nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg-1967, quando Arthur Cramer - hoje presidente da Confederação e também árbitro olímpico - ficou com a medalha de ouro.

Em Sydney-2000, o único atleta brasileiro a participar foi Marco Martins - o Keko - na modalidade florete. Quatro anos mais tarde, Renzo Agresta, Élora Pattaro e Maria Júlia Herklotz se classificaram para Atenas. Em Pequim, o Brasil só terá representantes masculinos. Renzo repetiu o feito da vaga e terá a companhia de João Souza.