UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Tênis de Mesa

Hugo Hoyama

"Estou tranqüilo, consciente de que até hoje dei o meu melhor. Se não ganhei medalha, tudo bem", disse após ser eliminado

Data de nascimento
09/05/1969
Local de nascimento
São Bernardo (SP)
Residência
São Bernardo (SP)
Peso e altura
68 kg / 1,69 m
Prova
Equipes
Participação em Pequim
Eliminado na fase de grupos

Aos 39 anos, Hugo Hoyama disputou em Pequim a sua quinta Olimpíada na carreira. Por causa dos bons resultados de Gustavo Tsuboi e Thiago Monteiro, Hoyama foi à China para ser o terceiro homem da equipe brasileira e não participou da competição individual. No entanto, os brasileiros não venceram nenhuma disputa pelo grupo C da competição, terminando na última colocação na tabela. A equipe caiu contra Taiwan e Coréia do Sul, duas forças mundiais no esporte, e Suécia.

A classificação para os Jogos não veio de maneira fácil. Uma contusão na preparação para as seletivas fez o atleta perder o fôlego e as vagas no Pré-Olímpico das Américas e Mundial. Se 2008 o começo foi difícil, o ano de 2007 foi de glória para Hoyama. Ele se tornou o maior do esporte nacional em Jogos Pan-Americanos na sua última participação. O mesa-tenista conquistou sua nona medalha de ouro na disputa por equipes. Ainda sinônimo de tênis de mesa no Brasil, o atleta é agora o dono do recorde que pertencia a Gustavo Borges, com oito ouros.

Na disputa individual ainda tentou ampliar o recorde para 10 medalhas de ouro, mas não conseguiu. Hugo chegou até a semifinal e foi derrotado pelo chinês naturalizado argentino Song Liu por 4 a 2 (11-4, 11-7, 7-11, 11-5, 6-11 e 11-7) e ficou em terceiro lugar nos Jogos do Rio de Janeiro.

Veterano desde as Olimpíadas de Barcelona, 1992, Hoyama começou a "brincar de pingue-pongue" nos intervalos da escola japonesa União Cultural Nipo-Brasileira. Aos 7 anos de idade, foi levado por um amigo para treinar no clube Palestra e nunca mais parou, se tornando um dos principais atletas brasileiros de todos os tempos.

O técnico Maurício Kobayashi logo descobriu um talento especial no garoto canhoto, que não demorou para começar a conquistar um título atrás do outro. Aos 16 anos, Hoyama passou nove meses no Japão, treinando com os melhores do país asiático para aperfeiçoar seu jogo. Ele ainda jogaria na Suécia e na Bélgica ao longo de sua carreira.

No começo da década de 90, Hoyama era apontado como promessa do tênis de mesa nacional, mas não conseguiu superar Cláudio Kano, número um do país na época. Até que recebeu uma bronca de seu treinador, Maurício Kobayashi, e de seu pai, que o obrigou a trabalhar em uma fazenda toda manhã antes dos treinos. O resultado: venceu o ídolo na final de simples do Pan de Havana-1991.

"Aí comecei a correr atrás de ser o número um do Brasil", afirma Hoyama, que aponta a vitória em Havana como a principal de sua carreira. Era a primeira de uma série de nove, completada no Rio de Janeiro-2007, com o ouro na disputa por equipes, quando conseguiu ser o melhor brasileiro em Jogos Pan-Americanos.

Quatro anos depois da estréia nas Olimpíadas, ele conquistou o melhor resultado do tênis de mesa brasileiro nas Olimpíadas de 1996 (em Atlanta) ao ficar com o nono lugar individual. Em Sydney-2000, caiu na terceira rodada em simples e na segunda nas duplas, jogando ao lado de Carlos Kawai. Em Atenas-2004 foi eliminado logo em seu primeiro jogo.