Anderson Nocetti

Pela terceira vez, Nocetti competiu na final C no skiff simples. O segundo lugar na bateria lhe garantiu a 14ª posição em Pequim

O remador Anderson Nocetti, veterano da seleção brasileira, voltou de sua terceira Olimpíada com uma colocação abaixo daquela alcançada em Sydney e Atenas: o 14º lugar.

Conhecido como Macarrão, ele é um dos destaques da seleção brasileira. Mas nem sempre ele foi apaixonado pelo remo. Até os 16 anos, a modalidade em que ele investia tempo e dinheiro era o ciclismo, ou mais precisamente o bicicross. Sem muita verba para investir na bicicleta, a saída era vender picolés para conseguir algum dinheiro.

Sua participação neste ramo, porém, não durou muito. Incentivado pelo irmão mais velho, Nocetti conheceu o esporte dos barcos, uma modalidade que exige muito menos investimento monetário. Desde então trocou o pedal pelo remo.

Mesmo assim, ele não teve uma carreira contínua. Nocetti afastou-se do remo durante os anos de 1994 e 1995, mas resolveu voltar quando viu seus colegas irem disputar as Olimpíadas de 1996, em Atlanta.

O desejo de se tornar um atleta olímpico não demorou a se realizar. Foi em 2000, nos Jogos de Sydney. Porém, o resultado no skiff simples não foi dos melhores: ficou em 13º e só por conta da desclassificação de um atleta por doping.

Em 2004, Nocetti viajou a Atenas para melhorar sua própria marca. A 13ª posição veio e contentou: "Na verdade consegui uma posição melhor que em Sydney, pois lá acabei em 14º, e como teve um caso de doping, subi uma posição. Desta vez não. Eu ganhei a final C e garanti a posição", conta.

A vaga para Pequim, no skiff simples novamente, veio em novembro de 2007, quase três meses depois dos Jogos Pan-Americanos. Com a classificação para a China, ele passou para a história do remo brasileiro também como o único a participar de três Olimpíadas consecutivas.