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Atletismo

Reuters
Keila Costa foi à final, mas não conseguiu o pódio

Keila Costa

"Em 2004, só consegui a vaga olímpica na última prova. Agora, tenho tranqüilidade para traçar o planejamento e chegar bem"

Data de nascimento:
06/02/1983
Local de nascimento:
Abreu e Lima (PE)
Residência:
São Paulo (SP)
Peso e altura:
62 kg / 1,70 m
Prova:
Salto em distância
Participação em Pequim
Final - 11ª

Mesmo com uma lesão no joelho direito, a pernambucana Keila Costa conseguiu a vaga olímpica no salto em distância em 14 de maio. Ela atingiu a marca de 6,65 m no GP de Fortaleza, apesar de saltar com a perna esquerda para poupar a direita. Em 2007, Keila já havia conseguido o índice A e, por isso, pôde celebrar a vaga na capital cearense, superando apenas o índice B.

Foi a segunda Olimpíada da atleta, que disputou os Jogos de Atenas-2004, e ela tentou esquecer a estréia. Na Grécia, a brasileira foi apenas a 31ª das 38 que disputaram as eliminatórias do salto em distância. Em Pequim, Keila conseguiu sua meta de chegar entre as finalistas, mas mostrou não ter se curado de sua lesão. A brasileira foi eliminada na primeira parte da final e ficou com a 11ª colocação, com a marca de 6,43 m.

A pernambucana despontou para o cenário nacional em 2002, quando conquistou o bronze no Mundial júnior, realizado na Jamaica. O desempenho a fez ser comparada a Jadel Gregório, como as grandes revelações do salto brasileiro. Com a diminuição da verba do projeto que envolvia o governo de Pernambuco e empresas privadas, Keila trocou de cidade e técnico.

Passou a ser orientada por Pedro Henrique Toledo, ex-treinador de João do Pulo, no centro de excelência de Presidente Prudente. Foi então que conseguiu o título do Troféu Brasil e o índice olímpico. Saiu de Atenas ainda na primeira fase, mas com a percepção que poderia entrar no rol das melhores. "Não há bicho papão", disse na volta ao Brasil.

Agora, ela se prepara para a segunda Olímpiada, uma realidade bem além dos seus sonhos de infância, quando treinava em uma pista de terra em Abreu e Lima, cidade perto de Recife, até ser descoberta no atletismo e se mudar para São Paulo. "Eu nunca desisti, mesmo diante das dificuldades, da falta de pista e de uniforme", assegura a competidora, hoje treinada por Nélio Moura, mesmo técnico de Maurren Maggi.

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